Por Wanderson Nascimento

Concentrados na maior reserva indígena do Brasil, entre os Estados de Roraima e Amazonas, os yanomamis conta com uma população atual de aproximadamente de 30
mil habitantes. Como é sabido, a história desse e outros nativos em nosso país é marcada por acentuados conflitos, iniciados com a chegada dos portugueses.

 Nos últimos dias, um fato tem tomado conta dos principais noticiários do país: As imagens que circulam na impressa mostram várias crianças yanomami desnutridas e
mortas. Um cenário estarrecedor e desumano, cuja responsabilidade é do Estado, pois este se mostrou omisso diante da situação.
 Desde 1992, ano da demarcação e homologação do território yanomami, o avanço do garimpo na região tem causado diversos transtornos. Geralmente tal atividade é
financiada por grandes empresários que agem ilegalmente extraindo recursos minerais do local, usufruindo da riqueza e deixando um grande rastro de destruição.

Segundo o ministério dos povos indígenas, crianças e idosos estão morrendo em decorrência da contaminação por mercúrio. Alguns especialistas afirmam ainda que o
relaxamento na fiscalização ambiental aliada a redução de recursos da FUNAI resultara no sucateamento do sistema de saúde local.

 É importante frisar que os problemas na terra yanomami não são recentes. Há muito tempo que ONGS denunciam a presença de madeireiros, pescadores e garimpeiros
prejudicando a flora, a fauna e os modos de vida da comunidade nativa. Uma verdadeira crise humanitária em curso.

 Em entrevista concedida ao site UOL, a liderança indígena Vitório Kopenawa afirmou que abandono é histórico, mas nos últimos 4 anos houve abandono severo por
parte do governo. Cabe agora investigar a fundo e punir os os verdadeiros culpados. Inclusive, a justiça federal já abriu inquérito com esse objetivo.

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