Vera Lúcia Santana Araújo teve o seu nome citado para ocupar o STF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu nesta sexta-feira, 22, a segunda mulher negra para ser ministra no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A advogada Vera Lúcia Santana Araújo, tem de 63 anos, é baiana natural de Livramento de Nossa Senhora, no interior do estado, e tem 40 anos de advocacia.

Filha de garimpeiro e de uma professora, Vera sempre se destacava nos concursos de redação e tinha um grande apreço pela leitura, em uma cidade que não tinha sequer energia elétrica. A consciência política veio quando se mudou para Salvador para concluir o ensino médio, período em que se envolveu com o movimento estudantil, quando descobriu que o Brasil estava submetido a uma ditadura militar.

Em entrevista ao Correio Braziliense, a nova ministra revelou que a primeira tentativa de ingressar na faculdade foi para a carreira na medicina, um sonho que era mais da mãe do que dela mesma. Como não conseguiu entrar para o mais concorrido curso de graduação, a mãe decidiu que iria para Brasília, em 1978, onde já morava uma das quatro irmãs. Na capital, formou-se em direito, foi uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT-DF) e participou da comissão negra do partido.

A advogada foi escolhida a partir de uma lista tríplice enviada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) ao chefe do Executivo. Ela é a segunda ministra negra do TSE. A primeira ministra é Edilene Lôbo, escolhida também pelo presidente Lula, em junho deste ano.

A nova ministra chega ao tribunal para ocupar a vaga deixada por Maria Claudia Bucchianeri, que deixou a corte em agosto. Vera Lúcia, que assume como substituta, trabalhará com os titulares do TSE, que são Alexandre de Moraes, Kassio Nunes Marques, Cármen Lúcia, Raul Araújo, Isabel Gallotti, André Ramos Tavares e Floriano Azevedo.

Por Agência Brasil

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