A cantora Luedji Luna e os empreendedores baianos Arthur Lima e Igor Leo Rocha estão na lista das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo. A Most Influential People of African Descent (MIPAD), chancelada pela ONU, divulgou os nomes no início de maio. Os reconhecimentos estão inseridos na agenda da Década Internacional das Nações Unidas para Afrodescendentes. Neste ano, a cerimônia de entrega da honraria será realizada no mês de setembro, em Nova Iorque (EUA), após a abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

A iniciativa, que começou em 2015 e seguirá apresentando estas lideranças até 2024, identifica grandes empreendedores de ascendência africana nos setores público e privado de todo o mundo e ressalta indivíduos, organizações e governos que se destacaram no avanço dos afrodescendentes em todo o mundo. A cantora Luedji Luna, que se prepara para a sua quarta turnê pela Europa entre junho e julho deste ano, está na edição Under 40 – menos de 40 anos, na tradução livre -, da lista, dentro da área de cultura.

Arthur e Igor são os nomes à frente da startup baiana AfroSaúde, negócio fundado em 2019 e que conecta pacientes a profissionais de saúde negros de todo o Brasil. Atualmente, a plataforma já conta com mais de 6 mil pacientes cadastrados, enquanto 1.500 profissionais de diversas áreas da saúde oferecem atendimento diário tanto presencialmente quanto online. Somente este ano, a iniciativa já conta com mais de 2.800 consultas realizadas, com destaque para a área da Psicologia, que lidera a maioria dos atendimentos.

Estar entre os 100 afrodescendentes mais influentes do mundo demonstra que estamos no caminho certo e que nossos esforços estão sendo reconhecidos por líderes mundialmente influentes no setor”, disse o jornalista soteropolitano Igor Rocha, de 36 anos, em conversa com o Alô Alô Bahia.

O dentista Arthur Lima, 30, já figurou na lista no ano de 2020, e reforçou a oportunidade de destacar Salvador como um centro inovador nessas áreas: “Esse reconhecimento nos impulsiona a ampliar nossos horizontes, estabelecer parcerias estratégicas e colaborar com outras organizações e profissionais que fazem parte da rede do MIPAD. Além disso, ele fortalece nossa posição como líderes e inovadores no mercado, abrindo portas para novas oportunidades de investimento, expansão e colaboração”.

Resgate da ancestralidade

O nigeriano Damilare Fáláde, idealizador do Instituto ÈKÓ, também está na lista das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo. Ele está na categoria Under 40, na área de Ativismo e Humanitário. O projeto foi fundado em 2019 e tem sede em Salvador, com a missão e o objetivo de despertar a história, cultura e tradição dos ancestrais africanos através da língua Yorùbá.

Bahia veterana na lista

Em 2020, além de Arthur Igor, outra baiana esteve na lista das 100 pessoas mais influentes de descendência africana: Lívia Maria Sant’Anna Vaz, do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Ela apareceu na lista na categoria Grandes Mentes Jurídicas pelo trabalho no combate ao racismo e à intolerância religiosa. Já Arthur foi escolhido na sessão Saúde e Heróis da Covid-19.

Por Kirk Moreno,  jornalista, assessor de imprensa e escreve para o Alô Alô Bahia/Fotos: Luedji Luna: Henrique Falci/Divulgação (Capa) e Bruna Sussekind / AfroSaúde: Robson de Paiva.

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