Gestores e gestoras de espaços culturais de diversos municípios e territórios baianos estiveram no Espaço Xisto Bahia, em Salvador, na manhã desta quinta-feira (11), para participarem do evento Espaços Culturais em Diálogo a convite da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBa). Na oportunidade, eles puderam conversar com a subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais do MinC, Cecília Gomes de Sá, e conhecer o planejamento do ministério para os espaços culturais de todo o país, além de debatem sobre demandas e propostas pra área. O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, esteve presente e falou sobre a importância da cultura pro governo da Bahia.

A subsecretária de Espaços e Equipamentos Culturais do MinC, Cecília Gomes de Sá, apresentou o Programa Territórios Culturais que visa articular uma rede de espaços integrados, a partir da criação de novos espaços e modernização de espaços já existentes. Segundo ela, o programa significa um avanço com relação ao programa CEUs das Artes, programa do governo federal que construiu mais de 270 centros de cultura em comunidades de alta vulnerabilidade em parceria com prefeituras municipais durante os governos Lula e Dilma.

“O que a gente quer é aumentar a conexão entre os equipamentos, a capilarização e a participação social, consolidando os espaços já existentes e ampliando a oferta de equipamentos, e investindo numa gestão compartilhada para fortalecer o senso de pertencimento das comunidades”, destacou Cecília. Ela falou ainda sobre a preocupação de se fazer uma transição ecológica, pensando em espaços sustentáveis do ponto de vista ambiental.

Cecília apresentou também o projeto de criação de Bibliotecas-Parque, inspirado na experiência colombiana que desenvolveu espaços de cultura e lazer, com alta qualidade arquitetônica. “Entendemos o livro como cultura e lazer, não apenas como suporte didático”, afirmou Cecília, defendendo a criação de espaços modernos, descontraídos e que agreguem diversas linguagens artísticas.

Demandas dos gestores – No momento de escuta, gestores e gestoras apresentaram contrapontos e algumas reivindicações como a necessidade de destinação orçamentária para manutenção e dinamização dos espaços, de criação de linhas especiais de financiamento e de políticas públicas voltadas para equipamentos culturais, incluindo a construção de um sistema nacional de espaços culturais.

Os gestores também defenderam a necessidade de apoio e investimentos aos espaços culturais não-governamentais, já que eles também são de interesse público. Ex-secretário de Cultura e gestor do Teatro Vila Velha, Márcio Meirelles destacou que o financiamento é importante porque promove maior autonomia dos espaços culturais. “O Desenbahia existe para isso, ele financia a agricultura, a indústria, precisa financiar a cultura também”, afirmou.

Também participaram do debate a superintendente de Desenvolvimento Territorial da Cultura da SecultBa, Amanda Cunha; a diretora da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Pitti Canela; e a coordenadora geral do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), Cristiane Taquari.

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