A Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) está de braços dados com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a preservação da Mata Atlântica. Para isso, a empresa participa da construção e do planejamento do projeto GEF Cabruca. Nesta segunda-feira (08), representantes dessas instituições, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) se reuniram com esta finalidade.

O objetivo do projeto é reduzir e reverter a degradação do bioma Mata Atlântica em paisagens produtivas da região sul da Bahia, por meio de uma gestão eficaz dos recursos naturais para criar um ambiente propício à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade, com ênfase na cultura do cacau como suporte à subsistência das populações locais e benefícios ambientais globais.

De acordo com o diretor-presidente da CAR, Jeandro Ribeiro, nesse encontro foi apresentado o Projeto Cacau Cabruca e as formas de financiamento e execução desse Projeto, que deve ter a capacidade ampliada a partir da união de esforços das organizações envolvidas. “Apresentei as estratégias da CAR, a partir dos projetos Bahia que Produz e Alimenta e Parceiros da Mata, que chegam somando esforços. É uma construção coletiva de pautas que se enlaçam em torno do cacau cabruca, cenário de produção em que a agricultura familiar representa 80% de estabelecimentos rurais”.

A CAR já investiu R$ 38,6 milhões no sistema produtivo do cacau, somente pelo projeto Bahia Produtiva, nos últimos oito anos. Para este ano, estão previstos os lançamentos de dois novos projetos: Bahia que Produz e Alimenta e Parceiros da Mata.

O Bahia que Produz e Alimenta tem como meta atender e incrementar a receita bruta de 600 organizações produtivas da agricultura familiar e 30 mil beneficiários diretos. Entre as ações a serem executadas estão a melhoria e ampliação de infraestrutura, serviços e integração das organizações produtivas aos mercados e ampliação do acesso à água e ao saneamento básico.

O Parceiros da Mata tem o objetivo de promover uma transformação produtiva sustentável que permita melhor qualidade de vida para 100 mil famílias dos territórios de identidade Baixo Sul, Litoral Sul e Vale do Jiquiriçá. São R$ 750 milhões para serem investidos em um período de cinco anos na região da Mata Atlântica.

No Sul da Bahia se encontra os trechos mais preservados de Mata Atlântica. Pela importância desse bioma para a vida na terra, o Fundo Global para o Meio Ambiente vai financiar ações de conservação da floresta e de fortalecimento da cultura do cacau cabruca. Uma iniciativa que dialoga diretamente com ações executadas pela CAR.

Por Silvia Costa

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.