Por Wanderson Nascimento

Trajetória e perspectivas

O mês de março é dedicado às mulheres. A busca pela igualdade na sociedade tem sido uma luta travada que se arrasta há anos. A própria História do Brasil oculta o protagonismo feminino e visibiliza a figura masculina.

Desde o início das civilizações, as mulheres executam relevantes trabalhos para o progresso da humanidade. Infelizmente, os registros históricos as deixam excluídas. Para se ter uma ideia, na França, até o século XX, a educação feminina era voltada apenas para ofícios domésticos.

No Brasil, somente em 1827 as mulheres foram autorizadas a frequentar escolas. Sendo que a primeira instituição de ensino no país foi fundada em 1549. Por outro lado, o direito
ao voto foi concedido em 1932, graças a luta dos movimentos sociais constituídos na época.

Outro fato pouco abordado é que, até 1962, as mulheres casadas dependiam da permissão do marido para trabalhar formalmente, abrir conta bancária e empreender. A constituição
vigente assegura o direito igualitário entre homem e mulher. Todavia, na prática, a realidade é desproporcional.

Para além de a mulher ser tratada como ser inferior ao homem, ela sofre dos mais diversos e perversos crimes. Que vai do assédio sexual até o feminicídio. Sendo o último
considerado uma “cultura” violenta, tão frequente no Brasil. Todos os anos, milhares de mulheres são assassinadas pelo fato de serem que são.

Com a criação da lei Maria da Penha (2006), um conjunto de políticas públicas foram desenvolvidas no sentido de combater a opressão, desigualdade, violência doméstica,
garantir a proteção feminina e penalizar os agressores/criminosos. Já a inclusão do feminicídio no código Penal brasileiro (2015), garante maior severidade no processo
criminatório.

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