O Carnaval do Rio de Janeiro estará misturado com o da Bahia em 2023. A Mangueira, que vai desfilar no domingo da folia carioca, vai homenagear o Ara Ketu e outros blocos afro da Bahia na Marquês de Sapucaí.

Nesta quarta-feira (4), no Rio de Janeiro, a presidenta da Mangueira, Guanayra Firmino, recebeu a presidenta do Ara Ketu, Vera Lacerda, no Barracão da Mangueira, na Cidade do Samba.

“Estou imensamente feliz de estar na Mangueira hoje. Vamos receber uma homenagem maravilhosa que  não há o que pague. Será um carnaval feliz para o Ara Ketu e para a Mangueira. Estaremos juntos em uma festa linda”, disse Vera Lacerda, presidente e fundadora do Ara Ketu.

A Mangueira vai desfilar no Carnaval do Rio com o samba-enredo “As Áfricas que a Bahia canta”, com homenagens ao Ara Ketu e outros blocos afro, como Ilê Aye e Olodum. Vera Lacerda estará presente no desfile representando a banda, que surgiu em 1980 como bloco afro criado no subúrbio ferroviário de Salvador (BA).

“A Mangueira vai prestar uma homenagem aos cortejos afro do carnaval da Bahia e em um dos nossos setores a gente vai abordar a importância dos blocos afro dentro dessa narrativa dessa história de luta,  de resistência. O Ara Ketu é um símbolo de luta nesse processo, primeiro por ser fundado por uma mulher, a primeira mulher fundadora de um bloco afro, segundo por ser um bloco que conseguiu reunir na sua essência a tradução e a ritualística da musicalidade ancestral da cultura negra com a modernidade e as novas tendências que a própria África proporciona para o mundo”, explicou Guilherme Estevão, carnavalesco da Mangueira, que esteve no encontro.

Na homenagem, haverá uma ala do Ara Ketu, com trechos de músicas da banda no carro alegórico. O Ara Ketu marcou a história da música baiana ao misturar elementos percussivos aos eletrônicos, no estilo “african pop”, adotado por Vera durante uma viagem para países da África na década de 90.

Fonte: Bahia Notícias

Sobre o autor

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.