Comemora-se hoje, 19 de agosto, o dia do historiador. Data instituída por força da Lei n 12.130/2009, em homenagem ao nascimento de Joaquim Nabuco(1849-1910). Considerado um importante historiador, jornalista, diplomata e político brasileiro. Filho de senador e de família escravocrata, ele cresceu no interior de Pernambuco. Conviveu por alguns anos entre negros, sendo incialmente alfabetizado pela sua madrinha no casarão do engenho.

No dia-a-dia da propriedade, acompanhava de perto a situação dramática em que os negros estavam sendo submetidos. As cenas envolvendo castigos físicos e diversos outros tipos de violência contra a dignidade humana faziam parte do cotidiano desse ambiente. Com a morte da madrinha, Nabuco foi morar no Rio de Janeiro, junto com os pais e irmãos. Chegando lá, matriculou-se no colégio Pedro II. Após oito anos de estudo intensivo, ingressou no curso de direito pela faculdade de São Paulo.

Por questões pessoais, voltou a Recife e não conseguiu concluir o curso. Mesmo assim, insistia em frequentar as aulas de direito. Certo dia, ele se deparou com o caso de Tobias, um homem negro capturado pelo delegado e açoitado em praça pública. Após o castigo, ele retorna, mata o agente e no final acaba se entregando e condenado a pena de morte. Dotado de uma forte eloquência argumentativa, o rábula abraçou a causa e convenceu o júri de que Tobias agiu em legítima defesa.

Tal feito gerou muita repercussão na época e serviu de impulso para Joaquim Nabuco seguir firme na principal missão: lutar contra a escravidão. Nesse sentido, fundou o Jornal “O Abolicionista”, escreveu diversos artigos, livros, frequentou o meio político(deputado), elaborou teorias e contou com apoio de figuras importantes, a exemplo de André Rebouças. A pressão desse e de outros movimentos abolicionistas resultou, mais tarde, na assinatura da lei áurea (1888).

Praticamente 1 ano depois, Marechal Deodoro proclamou a República e derrubou a Monarquia. Mudança que desagradou a Joaquim Nabuco (Uma questão polêmica e
contraditória). No final, deixou o país por um curto período e acabou retornando, assumindo cargo no governo de Prudente de Moraes, tornou-se diplomata e cofundador da Academia Brasileira de Letras, assumindo a vigésima sétima cadeira. Faleceu em 1910, nos EUA, em consequência de uma grave doença hematológica.

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