Por Wanderson Nascimento

Nas últimas semanas, a retomada das ocupações promovida pelos “sem-terra” tem sido assunto bastante veiculado na mídia. O movimento de ativismo político e social luta pela
distribuição das terras no Brasil. Infelizmente, a estrutura fundiária nacional é desigual e profundamente excludente. Geralmente, extensas faixas de terras pertencem a uma única
família, pessoa ou até mesmo empresa.

A partir dessa realidade, em 1984,surgiu o Movimento dos Trabalhadores sem-terra. Sob o lema: Terra, trabalho e justiça, O MST reivindica a reforma agrária. Apesar de a
constituição garantir o direito à propriedade privada rural, esta deve cumprir função social; exemplos: aproveitar a terra de modo racional, utilizar os recursos naturais com
equilíbrio, respeitando o meio ambiente, cumprir com as relações trabalhistas.

Caso os critérios não sejam atendidos, a propriedade é considerada irregular. Podendo, então, o Estado desapropriá-la e redistribui-la a outros trabalhadores necessitados. Na
prática, o governo indeniza o proprietário e aciona o INCRA e outros órgãos ligados à justiça para cuidar do complexo processo. O principal gargalo que atravessa o movimento
é o oportunismo barato por parte de alguns integrantes infiltrados.

De acordo com as estimativas, cerca de 1% das propriedades controla 45% das terras em todo o Brasil. Além disso, seus detentores(latifundiários) são influentes na política e até
mesmo no judiciário. Uma verdadeira oligarquia histórica e rural que tenta sufocar a agricultura familiar e o próprio Movimento dos trabalhadores sem-terra.

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