Embora a tecnologia tenha sido suplantada pela telefonia, em 2022 oito senadores ainda usaram a verba
Foto: Roque de Sá/Agência Senado/Direitos reservados

O Senado ainda mantém o fornecimento aos parlamentares de verba para que eles enviem aos seus eleitores telegramas, forma de comunicação criada no século 19 e que chegou ao Brasil há mais de 170 anos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Embora a tecnologia tenha sido suplantada pela telefonia e entrado de vez em desuso com a popularização do fax, do email e, mais recentemente, das mensagens instantâneas por meio do telefone celular, em 2022 oito senadores ainda usaram a verba, sendo dois em janeiro deste ano.

“A gente disparava quase que automaticamente os telegramas para os nossos amigos. As pessoas me ligavam agradecendo, muitos colocavam em porta-retratos, em quadros. De fato, é uma coisa quase que antiga, mas que fazia a diferença, porque já não tinha mais. Por esse aspecto, foi uma coisa importante”, diz Acir Gurgacz (PDT-RO).

Ele encerrou o mandato em janeiro e foi o campeão do envio de telegramas no último ano, com gasto de R$ 4,9 mil para, em geral, enviar felicitações a eleitores em datas comemorativas ou informações sobre liberação de verbas para as suas regiões.

Entre os atuais senadores, Jayme Campos (União Brasil-MT) é o que mais recorreu à verba desde janeiro de 2022, sempre em pequenos valores mensais, totalizando R$ 279 nesse período. O jornal Folha de S. Paulo procurou o seu gabinete, mas não obteve resposta.

Os valores pagos aos senadores para gastos com telegramas foram identificados a partir de consulta no portal de transparência do Senado. Questionado sobre o montante total disponibilizado aos congressistas para essa despesa específica, o Senado não respondeu.

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