Por Wanderson Nascimento

Desde quando os portugueses chegaram ao Brasil, os problemas relacionados a terra tornaram-se uma constante. Os indígenas que aqui viviam em grandes números foram explorados, escravizados e em parte dizimados, além de terem os seus territórios usurpados pelos colonizadores. Acirrando assim as disputas por este espaço gerador de riquezas. A partir dos meados do século XVI, com o fracasso da colonização indígena, os colonizadores passaram a importar mão de obra escravizada do continente africano para o trabalho nas lavouras de cana de açúcar, tabaco, entre outras. À medida que essas lavouras se expandiam, era necessário invadir novos territórios pertencentes aos povos autóctones.

O resultado desse processo reflete na atualidade, frequentemente costumamos acompanhar casos violentos em que os indígenas e quilombolas são vitimados em luta
pela terra. Ao longo das décadas, seus territórios foram usurpados e reduzidos a uma área irrisória. Resultando na expulsão e marginalização desses povos que passaram a morar acampados à beira da estrada. Enquanto que o atual agronegócio segue numa frenética abertura de novas fronteiras agrícolas.

Esses fatores tem motivado a desestruturação social, muitos tornam-se alcoólatras, enquanto que outros não suportam a dores e pressões diárias e acabam
praticando suicídio. Esses casos evidenciam o desequilíbrio mental e espiritual dos nativos em detrimento de uma minoria branca que insiste na ampliação de seus latifúndios a qualquer custo.

Para essa população nativa, a terra e o território são importantes instrumentos de resistência, que muitas vezes são negados, mesmo sendo um direito previsto na
constituição vigente. Tendo em vista a conjuntura política atual do Brasil, os direitos dos povos indígenas e quilombolas estão sendo violados. Sendo assim, faz-se necessário repensar e construir novos mecanismos capazes de enfrentar e superar essa tragédia.

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