Por Wanderson Nascimento

Dados revelam que o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Nossas terras são altamente cultiváveis. Apesar disso, muitas pessoas não têm acesso as principais refeições diárias. Uma questão dramática e contraditória que envolvem vários fatores, a exemplo da má distribuição de renda, concentração fundiária e as ineficientes políticas públicas, sociais e econômicas.

Nos últimos anos, tem crescido o número de pessoas em situação de insegurança alimentar. Um grave problema nacional que tem reflexo local. Em Valença esse quadro é preocupante, pois é cada vez mais notório a presença de pedintes de alimentos, pelas e ruas e supermercados. Em uma cidade com 97.873 habitantes, apenas 11.108
trabalham com carteira assinada. Nesse caso, a criação de novos empregos é uma pauta prioritária.

Incentivar a implantação de empresas é uma das alternativas para preencher essa lacuna. A educação também ocupa papel primordial no processo, sendo responsável pela formação e/ ou capacitação de sujeitos conscientes de seus direitos e deveres. Mesmo para quem possui emprego fixo e que recebe 1 salário mínimo, a situação não está
nada favorável, pois a inflação alimentar corrói parte considerável do valor.

Por outro lado, o pequeno agricultor também sofre com a alta absurda nos preços dos fertilizantes, tendo de repassar ao consumidor final, senão fica no prejuízo. Para se ter ideia, 1 saco de adubo de tipo A ultrapassa os 300 reais. Antes da pandemia, o valor era de aproximadamente 200 reais.

Caso continue nesse ritmo, infelizmente teremos mais escassez de alimentos e, consequentemente, mais pessoas famintas. Lembrei da conhecida frase do sociólogo Herbert de Souza (Betinho) que assim diz: “Quando uma pessoa chega a não ter o que comer, é porque tudo
mais já lhe foi negado”.

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