O que parece óbvio respeitar a religiosidade de cada um ou ausência da mesma, na prática é bem diferente. Ao longo do tempo muitas perseguições a povos e guerras se iniciaram por disputas religiosas.

No Brasil, o histórico de violência cometido ‘em nome de Deus’ não é diferente. Principalmente, os ritos indígenas e religiões de matrizes africanas que até hoje sofrem perseguições. Tanto que a discriminação religiosa é crime. Mesmo o Brasil sendo um Estado laico, onde cada um teoricamente pode professar a sua fé, casos como a da Mãe Gilda são recorrentes. Ela foi vítima do crime de intolerância religiosa, vindo a falecer infarto no ano 2000 em decorrência das agressões físicas e verbais.
A data que combate a intolerância religiosa foi oficializada em 2007 em homenagem a Mãe Gilda. Mas os conflitos parecem não ter fim. Muitas mães e pais de santos têm seus terreiros invadidos e desrespeitados e alguns grupos neopentecostais tentam a todo custo intervir em tribos indígenas. A intolerância e o desrespeito à fé alheia precisam acabar. Um mundo de paz interior e universal começa com respeito mútuo.

Que a humanidade substitua de uma vez por todas o ódio pelo amor. Quando amamos mais e julgamos menos nos aproximamos da felicidade coletiva.

Josias Gomes – Deputado Federal do PT/Bahia licenciado e atualmente titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

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