Por Levi Vasconcelos

Cairu, o desafio de ver tranquilidade virar um gostoso produto turístico

Cairu é um dos dois únicos municípios arquipélagos do Brasil (o outro é Ilhabela, em São Paulo). Lá, num mix de 26 ilhas três se destacam, a de Cairu, na sede, onde fica a prefeitura e a única que entra carro, a de Tinharé, que tem o Morro de São Paulo como vedete, e Boipeba.

É aí que começa a ponta do novelo. Na era do Brasil Colônia o donatário da Capitania de São Jorge dos Ilhéus, Luca Giraldi, fundou a vila de Cairu, que imperou nos velhos tempos com o majestoso Convento de São Benedito à frente.

Agora, nos novos tempos, o do lazer turístico, que ganhou força a partir da década de 1990, Tinharé e Boipeba que têm praias viraram os primos ricos. Cairu, que tem história, mas não tem praia, virou o primo pobre. E Hildécio Meirelles (UB), o prefeito, aos 69 anos, no quinto mandato, botou o pé na estrada para tirar a cidade disso.

No início do mês, por exemplo, ele recebeu a visita do prefeito Cláudio Ferreti (MDB), de Angra dos Reis, no Rio.

– Estamos trocando ideias. Assim acertamos mais.

Segundo tempo –Diz Hildécio que a pretensão é inserir a cidade de Cairu no contexto de Tinharé e Boipeba. No conjunto, o município tem pouco mais de 20 mil habitantes, arrecada R$ 180 milhões por ano.

– O que queremos é atrair um novo olhar para cá. Estamos viajando por aí para aprender e com algumas temos a ensinar, mas com outras aprendemos boas lições.

O Revitaliza já está em andamento. Diz Hildécio que está em conversas com dois proprietários. No foco estão em torno de 40 imóveis, alguns deles, como o Sobrado de Diogo e o Sobrado de João Monteiro, de valor histórico.

É no pacote de turbinar o turismo nas ilhas que entra a banda política. Ele se elegeu pelo UB, mas apresentou um pacote de projeto e Jerônimo disse que vai atender.

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