Por Wanderson Nascimento

Estudar as experiências humanas ao longo do tempo é parte do ofício do historiador. Contudo, os fenômenos por ele estudados resultam das ações de todos nós. Do século XIX para
cá, a História avançou muito. Antes desse período, ela se restringia a um gênero literário ou simplesmente a memorização de guerras, revoluções, exaltação de figuras importantes, etc.
Apenas os registros escritos eram válidos.

Com ampliação do campo de observação e inserção de novos métodos de pesquisa, a História ganhou novos rumos, passando a ser uma ciência investigativa que procura compreender as criações culturais, hábitos de pensamento, usos e costumes entre os povos e modos de vida das pessoas comuns. Hoje, tudo que uma pessoa faz ou usa pode considerado fonte histórica.  O passado, presente e futuro. Essas dimensões temporais são dinâmicas e interdependentes, nas quais ocorrem os desejos e aspirações humanas.

A fim de facilitar a compreensão dos acontecimentos, o historiador organiza o tempo em quatro períodos: Idade Antiga, Idade Medieval, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Essa é a divisão adotada pela história clássica ocidental. A partir das modificações realizadas no final do século XIX, as mulheres, os operários e os povos colonizados começaram a aparecer no discurso do historiador, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas voltadas à história oral e das mentalidades.

Tal mudança trouxe à tona a questão do continente africano. Embora a África seja considerada o berço da humanidade, sua valiosa conjuntura histórica ainda é desprezada. Por lá, os horrores praticados pelo colonialismo foram intensos. Deixando rastros de destruição sem precedentes. Para compreender a nossa formação cultura e social, por exemplo, é essencial examinar a História africana, Indígena e Portuguesa. Um exercício que envolve memória, tempo, espaço e sobretudo interpretação crítica.

Sobre o autor

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.