Os trabalhadores do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) decidiram entrar em greve sanitária e não retornar ao trabalho presencial, em defesa da vida. A decisão foi tomada em assembleia realizada de forma on-line, com a presença de trabalhadores da capital e do interior.

Portaria emitida pelo presidente do TRE-BA, Edmilson Jatahy Fonseca Júnior, está convocando os servidores ao trabalho presencial, a partir desta terça-feira (8).

De acordo com Fred Barboza, servidor do TRE-BA e diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (SINDJUFE-BA), os servidores avaliaram que não há condições do retorno ao trabalho presencial, como determinado pelo órgão, diante à pandemia do coronavírus.

“A portaria do TRE-BA é indiscriminada na seleção das atividades que precisam realmente serem realizadas presencialmente. O TRE fecha os olhos à realidade da pandemia, colocando para circular nos prédios da Justiça Eleitoral quem precisa e quem não precisa. Por isso, votamos pela greve sanitária. Não estamos nos recusando a fazer o trabalho, que aliás continuamos a fazer, mas priorizando a defesa da vida dos servidores e dos seus coabitantes”, ressalta Fred Barboza, diretor do SINDJUFE-BA.

Ainda de acordo com Fred Barboza, desde o mês de julho os trabalhadores buscam o diálogo com a presidência do Tribunal, mas segundo ele, as propostas enviadas pelos trabalhadores não foram atendidas.

“Protocolamos o comunicado da greve ao TRE-BA ainda na sexta-feira, estamos solicitando uma reunião com a presidência para debater esta situação, pois avaliamos que há setores que não precisam retornar agora, assim como, queremos debater as medidas de segurança. Reafirmamos a solicitação de ter a presença do Sindicato na Comissão que analisa e acompanha o retorno ao trabalho presencial, pois esse pedido foi feito e nunca fomos atendidos. Tivemos uma reunião protocolar, na qual a administração do órgão apresentou um conjunto de intenções. Na verdade, foi uma reunião protocolar. Não houve um dialógo de fato sobre este tema. Toda essa preocupação está relacionada à vida dos trabalhadores do Tribunal e da população que irá em busca dos serviços. Para nós, a defesa da vida segue em primeiro lugar”, afirma o diretor do SINDJUFE-BA.

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