SINDPETRO COBRA ACELEN POR PERSEGUIÇÕES NO SSMA E EXIGE MEDIDAS PARA GARANTIR SEGURANÇA DOS TRABALHADORES

Na manhã desta quinta-feira (21), diretores do Sindipetro Bahia e representantes do setor de Recursos Humanos da Acelen se reuniram virtualmente para tratar das graves denúncias envolvendo o setor de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA) da Refinaria gerida pela empresa.

O sindicato cobrou explicações sobre a demissão de um trabalhador logo após a “roda de conversa” promovida pela empresa, episódio interpretado pela categoria como um ato de perseguição e intimidação, que reforça o clima de insegurança denunciado pelos empregados.

Os representantes do RH negaram qualquer relação entre a “roda de conversa” e o desligamento, alegando que a saída já estava programada. No entanto, os dirigentes sindicais alertaram que a forma e o momento da demissão agravaram a desconfiança, fortalecendo a percepção de perseguições dentro do setor.

Além disso, os diretores do Sindipetro ressaltaram que há um gestor sob diversas denúncias de conduta inadequada, especialmente pela forma como conduz investigações de acidentes, o que tem gerado forte insatisfação entre os trabalhadores.

O advogado do sindicato, Dr. Cleriston Bulhões, destacou que, embora a empresa privada tenha autonomia sobre desligamentos, o papel do sindicato é reagir sempre que há indícios de retaliação:

“Demissões podem ser legais, mas também podem ser arbitrárias. O problema não é apenas a decisão da empresa, mas a falta de sintonia com os trabalhadores, o que gera desconfiança e insegurança. O sindicato tem a responsabilidade de proteger os trabalhadores e não aceitar situações que representem perseguição.”

Outro ponto de preocupação levantado foi o aumento dos incidentes de segurança na refinaria, que segundo o sindicato pode estar relacionado ao ambiente de instabilidade e pressão instalado no SSMA.

Diante das críticas, o RH reconheceu que, “na visão do sindicato, erraram tentando acertar”, e se comprometeu a estabelecer uma rotina fixa de reuniões com o Sindipetro para tratar de clima organizacional, denúncias e segurança.

Ao final, ficou acordado que novos encontros serão agendados para dar continuidade ao debate, para que mesmo diante de interesses diversos entre a empresa e os seus trabalhadores, tentar construir uma relação mais harmônica entre as partes, com respeito e condições adequadas de trabalho para os petroleiros e petroleiras da refinaria.