Por Wanderson Nascimento 

 

Desde o último sábado (7), imagens chocantes de intensos bombardeios seguidos de mortes inundam o noticiário mundial. Os ataques deflagrados pelo grupo Palestino Hamas contra Israel seguem fazendo milhares de vítimas, assim como o revide de Israel sobre o território inimigo.

A Palestina esteve por longo período sob domínio do Império Romano(séc.), habitada à época pelas tribos judaicas e povos árabes. Os judeus acreditavam que essa região era a “terra prometida” e, para se livrar do controle romano, promoveram uma série de revoltas.

Em desvantagem bélica, os judeus foram expulsos da Palestina e se dispersaram pelo mundo. Ao longo da História, esses povos sofreram várias perseguições. Como reação, eles organizaram o sionismo: movimento político-cultural, encabeçado pelo jornalista húngaro Theodor Herzl, que defendia a criação de um Estado Judeu na Palestina.

No final do século XIX, o movimento religioso sionista ganhou força, buscando ocupar o território onde se localizava o templo de Jerusalém. A partir de então, com o dinheiro recolhido em várias partes do mundo, muitos Judeus regressaram para a Palestina e lá implantaram as primeiras fazendas coletivas(kibutzim).

Com o fim da primeira Guerra Mundial (1914-1918) e o desmembramento do Império Turco, as terras do Oriente Médio ficaram sob posse da França e Inglaterra. Sob mandato britânico, a Palestina recebeu elevado número de Judeus, principalmente com a perseguição nazista nos anos 1930 e 1940. Daí então começaram a ocorrer sérios atritos entre esses povos e os árabes.

Em 1945, a Grã-Bretanha anunciou a retirada das tropas da região palestina. Diante disso, em 1947, a ONU aprovou a partilha da área em dois Estados: um árabe e outro judeu. Logo em seguida (1948), os judeus fundaram o Estado de Israel, sendo reconhecido pelos EUA.

De acordo com a proposta do ONU, Jerusalém, cidade considerada sagrada por muçulmanos, cristãos e judeus, ficaria sob controle internacional. Com isso, houve reação militar dos países árabes à criação do Estado de Israel. Valendo-se de ajuda exterior, Israel venceu a guerra, ocupando parte do território reservado aos árabes no plano das nações unidas.

Sendo derrotados em 1948, quase 1 milhão de palestinos foram expulsos da terra que viviam e passaram a viver como refugiados na temida Faixa de Gaza e nos países árabes vizinhos. Na tentativa de combater Israel e reconquistar as terras perdidas, instalou-se um conflito que já se arrasta há décadas.

Algumas negociações diplomáticas foram realizadas para cessar o conflito, sendo a de Oslo uma das mais conhecidas. Por esse acordo, os palestinos reconheciam os Estado de Israel e os israelenses admitiam que os palestinos tinham direito a um Estado próprio. Mas, em pouco tempo, suas cláusulas foram desrespeitadas.

Nesse enredo histórico, surge o Hamas (1987): grupo radical contrário à negociação com Israel e que tenta estabelecer um Estado teocrático Islâmico em toda a Palestina. intensificando a escalada de violência que parece cada vez mais longe do fim.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.