Prestes a completar 50 anos de existência em atrássto deste ano e quatro décadas no Brasil, a cultura Hip-Hop tem mais um motivo para comemorar: É que está sendo elaborado um decreto com integrantes do Movimento Construção Nacional da Cultura Hip-Hop junto ao Ministério da Cultura (MinC), para seu reconhecimento e fortalecimento no país.

No dia 17 de julho, data em que o grupo irá entregar um dossiê sobre as ações da cultura Hip-Hop no Brasil, a fim de conquistar o título de Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro ao presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, está marcada também uma marcha em Brasília. A concentração será a partir das 13h na Praça Zumbi dos Palmares.

“Esse dossiê é um compilado dos inventários construídos em cada Estado e no Distrito Federal (DF) sobre os 40 anos do Hip-hop no Brasil. Organizamos para que produzissem inventários e fossem enviados para os Iphans estaduais. Depois, reunimos todos os inventários para entregar ao Iphan Nacional”, explica Cláudia Maciel, assessora de comunicação do Movimento Construção Nacional da Cultura Hip-Hop.

A entrega terá um ato simbólico em que os hip-hoppers de todo o Brasil e amantes da cultura seguirão em direção ao prédio do Instituto de mãos dadas para entregar o documento, que foi produzido pelos agentes da cultura de cada Estado com o auxílio do Iphan por meio de vídeo-oficinas.

De acordo com Cláudia Maciel, “na Bahia, a cena Hip-Hop é fortíssima, se destacando por ser o Estado nordestino que mais tem feito presença nas agendas interministeriais, até pela sua força de articulação e organização. Representantes locais como DJ Branco, Negro Davi e B.Boy Dêga são os que vieram nas agendas interministeriais, porém vários outros artistas como Udi e Goldx estão participando ativamente de toda a construção”.

Conquista

Para DJ Branco, um dos facilitadores da cultura Hip-Hop na Bahia, essa conquista “é um marco histórico no Brasil. Nosso país vai ser referência para o mundo a partir do momento em que o presidente Lula assinar o decreto presidencial de fomento dessa cultura de rua e o Iphan reconhecer como patrimônio brasileiro. Mesmo ainda sendo marginalizada e criminalizada, ela salva vidas não apenas como entretenimento”.

Formada majoritariamente por jovens negros e negras de periferia que utilizam a arte como instrumento de transformação social, de resgate da autoestima, de elevação da consciência e como um processo educativo, “a partir desse passo importante, estamos colaborando para a elaboração e formulação de políticas públicas efetivas para a reconstrução desse país. Essa valorização vai contribuir com o desenvolvimento sócio, político e cultural deixando um legado para a posteridade, nossos filhos e netos”, conclui DJ Branco.

Fonte:   portalsoteropreta.com.br

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