Até 30 de março deste ano, foram notificados 95.890 casos prováveis

Com mais de 1.000 mortes registradas por dengue até o momento em todo o Brasil, a situação da doença atinge níveis alarmantes em 2024. Na Bahia, o quadro pode ser ainda mais preocupante. De acordo com Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), até o dia 30 de março deste ano, foram notificados 95.890 casos prováveis, um aumento impressionante de 536,6% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram 15.070 casos.
Com 275 municípios em estado de epidemia, 56 em risco e 16 em alerta, a situação na Bahia demanda medidas urgentes para conter a propagação da doença.A análise desses dados é realizada através da Semana Epidemiológica, que permite às autoridades de saúde identificar tendências de aumento de casos e direcionar esforços de forma eficaz.

Tendência

A gestora enfatiza ainda que, somado a isso, o cenário atual inclui uma frequência maior de chuvas, que amplia o potencial de proliferação do mosquito. “Essa combinação de fatores climáticos cria um ambiente favorável para o aumento dos casos de dengue na Bahia”, conta.

A Bahia possui uma taxa de letalidade de 1,5, menor do que a média nacional. Ao todo, foram confirmados 27 óbitos por dengue nos municípios de Vitória da Conquista (7), Jacaraci (4), Piripá (3), Feira de Santana (2), Juazeiro (2), Santo Antônio de Jesus (2), Barra do Choça (1), Caetité (1), Campo Formoso (1), Carinhanha (1), Ibiassucê (1), Irecê (1) e Santo Estevão (1).

O Governo da Bahia já investiu mais de R$ 19 milhões no combate à dengue através da aquisição de novos carros de fumacê, distribuição de aproximadamente 12 mil kits para os agentes de combate às endemias, além de apoio para intensificação dos mutirões de limpeza, com o auxílio das forças de segurança e emergência, e aquisição de medicamentos e insumos.

Na capital baiana, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), dos 285 municípios em estado de epidemia Salvador está incluída. Os municípios têm intensificado as ações de combate à dengue, que abrangem desde a utilização de carros fumacê até a criação de canais diretos de comunicação para denúncias de possíveis focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

Além disso, estabeleceu uma parceria com o Exército, capacitando soldados para atuarem como multiplicadores de ações e informações de combate à dengue, além de promover campanhas de vacinação. Até o momento do fechamento desta edição, a pasta não informou os dados atualizados da doença na cidade.

*Autor: Ian Peterson/ Sob a supervisão da editora Meire Oliveira

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