ANARCOMANGUE É DESTAQUE NO CENÁRIO DA MÚSICA BAIANA

Criada no verão de 2014, a Anarcomangue é formada por músicos atuantes na cena alternativa do Baixo Sul da Bahia, vindos de outras bandas como Quilombra, U.T.I. e Os 4 Elementos. Desse encontro, surge um trabalho autoral original, com  experimentos que incorporam linguagens da cultura popular brasileira e baiana, como a Zambiapunga, manifestação popular de trabalhadores rurais do Baixo Sul baiano que fazem música a partir de enxadas e búzios gigantes.

O reggae é o estilo predominante da Anarcomangue, mas é marcante a presença de ritmos expressivos da cultura brasileira na sua música, a exemplo do Maracatu. A partir das influências que acolheu  do movimento Manguebeat, do ska e do rock psicodélico, a banda faz releituras criativas da obra de Chico Science e Nação Zumbi, The Jamaicans, Bob Marley e outros.

Toda essa diversidade musical reflete-se em uma performance arrojada, que vem conquistando plateias no Baixo Sul da Bahia. A partir do primeiro show durante a Mostra de Cultura do Baixo Sul, realizada pela Funceb (Fundação Cutural do Estado da Bahia) em  2015,  a Anarcomangue traçou uma rica trajetória, com apresentações frequentes em Valença, Morro de São Paulo e Guaibim, e alguns shows em Salvador. A banda também já foi contemplada por editais de cultura do Governo do Estado da Bahia.

Em 2016, lança o seu primeiro disco autoral. A obra é um tributo à preservação da diversidade do manguezal, fonte onde a Anarcomange vai beber. Nos acordes e palavras de cada canção, um elogio às incontáveis criaturas vivas que habitam um dos mais ricos ecossistemas do mundo e também um protesto contra a sua destruição pelo homem. No momento,  a banda  acaba de lançar seu novo EP intitulado ‘Ecos do Mangue’, produzido com recursos da Lei Federal Complementar Paulo Gustavo, nº 195, de 08 de julho de 2022, através do Edital Mãe Mira, da Secretaria Municipal de Cultura de Valença.

É essa musicalidade que traz da filosofia pacifista do reggae e do rastafarismo, banhada na brasilidade do Maracatu e da Zambiapunga e revigorada pelo Manguebeat, que dá tom à música da Anarcomangue. Com a mesma harmonia com que congraça diferentes linguagens musicais, a banda  pretende com suas músicas passar uma mensagem de convivência pacífica e respeito entre os habitantes do planeta Terra e também um manifesto contra a sua destruição. Anarcomangue fala de amor e protesto.

FICHA TÉCNICA:

Voz – Marcelo Natureza
Guitarra 1 – Tasso Meneses
Guitarra 2 – Igor Chaves
Baixo- Genebaldo Cerqueira
Bateria – Daniel Ragoni
Teclados – Daniel Ragoni