HIV/AIDS SEGUE COMO DESAFIO DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL, COM MAIOR PREVALÊNCIA ENTRE HOMENS, APONTA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 2025 Ricardo Lemos 15 de dezembro de 2025 Notícias O Ministério da Saúde divulgou a edição 2025 do Boletim Epidemiológico HIV e Aids, reforçando que, apesar dos avanços no diagnóstico, tratamento e redução da mortalidade, a infecção pelo HIV ainda representa um importante desafio de saúde pública no país, especialmente entre a população masculina. Em 2024, foram notificados 39.216 novos casos de infecção pelo HIV no Brasil. Desde o início da epidemia, em 1980, até 31 de dezembro de 2024, o país registrou 402.300 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica. A maior concentração dessas mortes ocorreu na Região Sudeste (55,1%), seguida pelas regiões Sul (18,0%), Nordeste (15,2%), Norte (6,2%) e Centro-Oeste (5,5%). Somente em 2024, foram contabilizados 9.157 óbitos por aids, número que, embora represente uma redução significativa em comparação a anos anteriores, ainda evidencia a gravidade da doença e a necessidade de manter ações contínuas de prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento Os dados também revelam uma tendência persistente de maior concentração da epidemia entre homens. A razão de sexos, que em 2003 era de 13 homens vivendo com HIV ou aids para cada dez mulheres, cresceu de forma contínua a partir de 2004. Em 2024, esse índice atingiu 28 homens para cada dez mulheres, evidenciando um padrão consistente ao longo das últimas duas décadas. Segundo o Boletim, o Brasil apresenta estabilidade com leve aumento nos novos casos de HIV, com mais de 1,6 milhão de pessoas infectadas desde o início da epidemia. Homens jovens, especialmente na faixa etária de 25 a 34 anos, e homens que fazem sexo com homens (HSH) permanecem entre os grupos mais afetados, embora a epidemia venha se diversificando ao longo do tempo. Para o urologista Dr. Rodrigo Trivilato, é fundamental esclarecer à população informações corretas sobre as formas de transmissão do HIV, evitando interpretações equivocadas que reforcem estigmas ou desinformação. “O HIV, diferentemente de outras infecções sexualmente transmissíveis, é transmitido principalmente por meio do contato com o sangue, a partir de microfissuras e pequenos traumas que podem ocorrer durante a relação sexual. A transmissão está relacionada a fatores fisiológicos, como o maior atrito e a possibilidade de microlesões. O médico ressalta ainda a importância das campanhas de saúde pública em todo o país. “Não se trata de uma questão de sexualidade, mas de fisiologia. Qualquer pessoa pode se infectar, independentemente de ser homem, mulher, heterossexual ou homossexual. Por isso, a informação precisa ser clara, responsável e baseada em evidências”, afirma. Em 2025, ano em que o Brasil completa 40 anos de resposta ao HIV e à aids, o Boletim Epidemiológico traz uma análise integrada da vigilância, do cuidado e dos resultados em saúde, além de destacar avanços importantes, como o pleito de certificação nacional da eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública. Acesso ao documento: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/boletins-epidemiologicos/2025/boletim_hiv_aids_2025.pdf/view Sobre o Dr. Rodrigo Trivilato – Urologista Titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Especialista em Urologia Infantil e Cirurgia Reconstrutiva. Médico Assistente/Staff na residência de Urologia da Universidade Federal de Goiás. Professor na Universidade Rio Verde (UNIRV) em Goiás. Site: https://drrodrigotrivilato.com.br/ Instagram: https://www.instagram.com/drrodrigotrivilato/ Por Sheila Cristina CEPARH/ Imagem capa by medlineplus.gov Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website