Atividade voltada para estudantes do colégio Gastão inclui oficinas de dança, escrita criativa e rima, grafite e produção de vídeo e fotografia

Desenvolvido pelos sociólogos Taiane Almeida e Sóstenes Luz, o projeto de Rima e Prosa na Quebrada busca fortalecer a cultura feirense e utilizar a literatura para produzir rimas, incluindo a execução de uma batalha. A iniciativa está com inscrições abertas até a próxima sexta-feira (5) para jovens estudantes do Instituto de Educação de Tempo Integral Gastão Guimarães. As inscrições são presenciais na unidade escolar. As oficinas serão realizadas nos meses de setembro e outubro.

“Trabalhar a questão da inclusão social, o desenvolvimento cognitivo, o fortalecimento da identidade das juventudes – seja da zona rural, da periferia e de comunidades em situação de vulnerabilidade social – para explorar e apresentar essa identidade cultural que muitas vezes fica escondida na própria comunidade é o propósito desse projeto”, explicou Sóstenes Luz, ao destacar a importância do fortalecimento cultural por meio da leitura e da expressão verbal do pensamento por meio de rimas que dialogam com a realidade.

Segundo o sociólogo, a proposta busca resgatar e valorizar a tradição da palavra falada e escrita, promovendo o empoderamento da juventude, contribuindo para o enfrentamento à transfobia, ao machismo e ao racismo. O projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.

Hip Hop como vetor de transformação social

Um dos idealizadores do projeto, Sóstenes explica que o ponto focal da iniciativa é o hip-hop, movimento afro-americano surgido na década de 1970 e que chegou ao Brasil para ficar, estando presente em quase todos os estados brasileiros.

“Pensamos em trabalhar no projeto Rima e Prosa na Quebrada também como no hip hop o rap, DJ, a pintura do grafite, dança de rua, enfim, essas expressões presentes no cotidiano da juventude. Unindo as várias expressões culturais com o dia a dia da escola, buscamos fortalecer essa identidade jovem contra a marginalização, o fato de muitas vezes a juventude estar à margem da sociedade”, conclui.

 

Foto by Freepik

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