Empresário que atua em Valença, Cairu, Jaguaquara, Vera Cruz, Salvador e outros municípios, disse que tudo não passa de "boato" e revela a sua opinião sobre o tema: "a favor de manter preservado nosso patrimônio histórico".

O empresário Luís Dáttoli, conhecido pelo perfil discreto e fora dos holofotes, aceitou conceder entrevista ao nosso site rechaçando qualquer interesse de sua parte na compra do prédio da Cadeia Pública de Valença e contou que é um apoiador assíduo de projetos e iniciativas culturais, patrocinador de eventos e simpatizante do fomento à arte e à história. “Se tiver um leilão, como dizem, eu não estarei lá”.

Em conversa por telefone agora à noite, Luizinho disse que está comprometido com outros investimentos no momento, que já possui imóveis na cidade e que jamais esteve presente em qualquer discussão a respeito do assunto. “Nunca passou pela minha cabeça e afirmo que não quero, não participo dessas decisões e nem tenho intenção. Estou investindo em minhas empresas e continuo empreendendo com foco nos meus negócios”.  

Por ser proprietário de um grupo empresarial que atua em diversos ramos, gerando empregos e divisas [um dos maiores contribuintes de impostos, tributos e encargos da região], avalia que seu nome às vezes é envolvido em boatos desse tipo na tentativa de desvalorizar seu perfil e construir uma imagem distorcida.

O fato, segundo Dáttoli, é que ele continua sendo um dos homens que mais acreditam no potencial de Valença. “Continuo investindo aqui enquanto muitos já desistiram. Sigo determinado na crença de que o desenvolvimento da cidade depende da união de todo mundo que ama Valença de verdade. A minha mentalidade é de criar oportunidades para o município crescer e não de ajudar a destruir o que ainda temos”. 

Dáttoli também revelou que é contra a venda do patrimônio público e, “se fosse gestor de Valença [salienta que não tem pretensão], mandaria fazer a restauração do imóvel, preservando a sua beleza arquitetônica. Tranformaria num mercado popular alocando ambulantes do Calçadão, que deixaria de estar congestionado, assim como criaria uma praça de alimentação com comerciantes do Jardim Novo numa área específica. Inclusive já fiz essas sugestões ao ex-prefeito Ricardo Moura e ao atual, assim como dei a ideia de firmar parcerias com empresários do ramo de tinta para pintar as fechadas de casas e outros prédios”. 

Ele ainda destacou que “há uma escassez de espaços para as pessoas trabalharem e por isso ambulantes estão nas ruas, sem ordenamento algum. Como pode vender um prédio estratégico, amplo, numa localização privilegiada e ainda deixar demolir com uma demanda de tanta gente para abrigar?

Por fim, o proprietário do Grupo Dáttoli contou que tem viajado para outros municípios, estados e países aonde tem presenciado prédios históricos revitalizados, em pleno funcionamento e sendo atração para visitantes, resgatando as raízes e contando a história de cada lugar.

“O que é do povo tem que continuar servindo ao povo. Sou a favor, claro, de concessões públicas temporárias e parcerias com a iniciativa privada para servir melhor a população. Isso ajuda as gestões a acelerarem a instalação equipamentos públicos que levariam anos para serem materializados, mas sou a favor também de deixar manter vivo aquilo que faz parte da história de Valença, perpetuar as origens e fortalecer a cultura local. Ali não pode vender”, completou.

 

Fonte: Baixo Sul em Pauta

Sobre o autor

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.