A iniciativa ainda está em fase inicial e não tem força de lei. Por ora, trata-se de uma sugestão parlamentar, que dependerá da apreciação do Executivo Municipal para seguir adiante.
Uma proposta inusitada apresentada recentemente na Câmara Municipal de Presidente Tancredo Neves, no Baixo Sul da Bahia, reacendeu um antigo e delicado debate sobre a identidade do município: a mudança de nome da cidade. Encaminhada ao prefeito Antônio dos Santos Mendes, o “Quinha”, a indicação sugere a realização de um plebiscito para que a população escolha entre três nomes oficiais: Presidente Tancredo Neves (atual), Tancredo Neves (forma reduzida) ou Itabaina, nome histórico da localidade quando ainda era distrito de Valença.

A iniciativa ainda está em fase inicial e não tem força de lei. Por ora, trata-se de uma sugestão parlamentar, que dependerá da apreciação do Executivo Municipal para seguir adiante. Caso o prefeito aceite a proposta, o processo ainda exigirá aprovação da Câmara e autorização da Justiça Eleitoral para que o plebiscito possa ser realizado de forma oficial e legal.

O nome Itabaina remete ao período anterior à emancipação política do município, no fim dos anos 1980. Quando ganhou autonomia, a cidade foi batizada como Presidente Tancredo Neves em homenagem ao presidente eleito que faleceu antes de tomar posse, tornando-se símbolo da redemocratização no país.

Segundo os vereadores que assinam a indicação, o objetivo é promover um amplo debate democrático e permitir que a população se manifeste sobre qual nome melhor representa a história, a cultura e a identidade da cidade. Para eles, a escolha não deve ser apenas uma questão administrativa, mas um processo de reconhecimento coletivo da trajetória e da memória do povo tancredense — ou itabainense, caso a proposta ganhe força.

Se o plebiscito for confirmado, a votação poderá representar um momento inédito de participação popular na vida política do município, consolidando um modelo democrático em que decisões simbólicas e estruturantes também passem pela voz direta da comunidade.

Prefeitura e Câmara ainda devem discutir os próximos passos. Enquanto isso, o assunto já ganha espaço nas rodas de conversa e nas redes sociais locais, com moradores divididos entre o apego ao nome atual e o resgate de suas raízes históricas.

Via  portalbaixosul.com.br/ Foto by cidades do meu Brasil

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