NOVO ATO CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO POLO BAHIA TERRA REÚNE CENTENAS DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS

A categoria petroleira demonstrou, nesta terça-feira (22), que continua mobilizada contra a privatização do Polo Bahia Terra. No quinto ato em protesto à declaração da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, aproximadamente 400 trabalhadores e trabalhadoras atrasaram o início de suas atividades na unidade de Araçás, localizada no município de Entre Rios. Os atos têm mobilizado centenas de petroleiros(as) das unidades de produção, sem contar com as ações setoriais no Torre Pituba, edifício-sede da estatal na Bahia, e o ato na PBIO.

A grande adesão motivou a coordenadora geral do Sindipetro Bahia, Elizabete Sacramento, a parabenizar o compromisso e a união da categoria, que compreendeu que a privatização dos campos de produção vai afetar trabalhadores primeirizados e terceirizados. “Para que a gente consiga melhorar as condições de trabalho, mesmo dos terceirizados, é muito importante que o Polo Bahia continue nas mãos da Petrobrás. A precarização no setor privado é ainda pior”, analisou, criticando a fala de Magda Chambriard. “Foi uma declaração extremamente infeliz, não vamos aceitar a privatização da Petrobrás aqui na Bahia. Estado no qual ela nasceu, se fortaleceu e se constituiu em uma das maiores empresas do mundo”.

O deputado estadual petroleiro, Radiovaldo Costa (PT), se somou à indignação causada pela declaração da presidente da Petrobrás, lembrando das lutas contra a privatização em anos anteriores. A mais recente delas foi em 2023, quando o mesmo Polo Bahia esteve ameaçado. “Vamos reagir a essa postura de Magda da mesma forma, ou até mais intensa, do que em vezes anteriores. A gente quer investimento, geração de empregos, melhoria das condições de trabalho e maiores salários”, resumiu o deputado.

Jorge Mota e Leandro Matos, diretores do Sindipetro-BA, reforçaram a importância do movimento sindical na garantia de direitos e avanços para a classe trabalhadora, apontando ainda para a importância da filiação e da contribuição sindical. “Não existe vitória sem luta”, arrematou Luiz Matos Júnior, também diretor do sindicato.