“É UM TRIUNFO IMPORTANTE PARA A HISTÓRIA DO BAHIA”, DIZ CENI APÓS PRIMEIRO TRIUNFO FORA DO BRASIL NA LIBERTADORES Ricardo Lemos 10 de abril de 2025 Esporte, Notícias O Bahia venceu o Nacional-URU por 1 a 0 na noite desta quarta-feira (9), no Estádio Gran Parque Central, em Montevidéu, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores 2025. O resultado marcou a primeira vitória do Tricolor fora do Brasil na história da competição. Após a partida, o técnico Rogério Ceni concedeu entrevista coletiva e destacou a importância do resultado para o clube e seus torcedores. “É importante até para a história do clube. É o primeiro triunfo do Bahia fora de casa na história da Libertadores e nós não ganhamos de uma equipe qualquer. Ganhamos de um campeão da Libertadores, uma equipe que tem tradição e que não é fácil de enfrentar aqui. É um triunfo importante para a história do Bahia, pelas pessoas que torcem pelo Bahia e que vieram aqui. Foi bastante gente no hotel e no estádio”, afirmou o treinador. Rogério também elogiou o zagueiro David Duarte, escolhido para iniciar a partida no lugar do argentino Ramos Mingo, que é titular da posição, destacando sua atuação defensiva e o papel decisivo no jogo aéreo contra uma das principais armas do Nacional. “Nós sabíamos da força do jogo aéreo do Nacional. David é nosso melhor jogador no jogo aéreo. Ele também tem muito boa qualidade técnica, é hora de refletirem e darem apoio aos nossos jogadores. Só conheço gente que melhora com apoio. David, para mim, foi o melhor jogador em campo hoje. Vocês cobram zagueiro, e nós temos. Temos que oferecer oportunidades. O dinheiro não é infinito”. O treinador comentou ainda a narrativa comum em torno de gols marcados ou sofridos no fim dos jogos e reforçou a evolução do time na competição. “Hoje vencemos por 1 a 0 e não tomamos gol no final. No último jogo, contra o Santos, nós fizemos o gol no final. Acho que o futebol, como um todo, é que a gente se baseia muito no que acontece no final. Se o gol acontece no final ao nosso favor, é o time da raça, é um time que se recusa a perder. Se sofre o gol no final, é um time que ainda não está maduro. Existe sempre um estereótipo para uma avaliação já pré-feita para tudo que acontece no jogo. Eu acho que nós fizemos um bom jogo hoje. Poderíamos ter prendido mais a bola, ter ficado um pouco mais com a bola. Perdemos gols como perdemos em outros jogos, mas eu acho que a Libertadores traz uma maturidade e uma experiência muito grande para os jogadores. Sofrer em um jogo em Montevidéu contra um dos grandes do Uruguai é uma coisa muito importante”. Sobre o trabalho à frente do Bahia, Ceni falou sobre o processo de desenvolvimento do clube e as expectativas da torcida em relação ao Grupo City. “Sou apaixonado pelo meu trabalho e por aquilo que eu faço. Eu gosto muito, me dedico bastante e me cerco de pessoas boas para trabalhar comigo. De gente que tem experiência internacional, que pode acrescentar e confrontar minhas ideias, acho importante. Eu preciso de gente que tenha contrapontos para que a gente possa fazer boas escolhas. E o Bahia, é que as pessoas não entendem, eu trabalho para caramba e tenho um carinho especial, pois acho que o Bahia pode fazer coisas grandes ao longo do tempo. Talvez não seja no tempo em que as pessoas esperam, que acham que com o Grupo City as coisas seriam instantâneas. Precisamos crescer, e vai levar tempo. Mas enquanto a gente puder, dentro desse momento que a gente vive, estar levando o nome do Bahia no ponto mais alto, acho que é importante. Tentar se manter entre os dois primeiros colocados. Temos quatro rodadas e os dois desafios em casa serão importantíssimos, o torcedor tem que estar com a gente. Esses pontos são importantes para que a gente possa estar em uma próxima fase na Libertadores”. Por fim, Ceni comentou brevemente sobre o Paysandu, adversário do Bahia na terceira fase da Copa do Brasil, mas indicou que a atenção está voltada ao Campeonato Brasileiro. “Continua sendo um grande jogo, um grande clássico. O Paysandu foi na Bombonera e venceu o Boca Juniors anos atrás. É um time histórico, que tem sua grandeza. Eu até vi o sorteio, o Cadu [Santoro] me falou que decidimos em casa, mas o jogo ainda está longe, ainda temos muito Campeonato Brasileiro antes. Vou deixar para pensar depois. Como adversário, acho muito legal e um estádio fantástico e bom de se jogar”. Por Bia Jesus/ Foto by Letícia Martins / EC Bahia Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website