Já são mais de 800 casos confirmados no estado em 2
Por Gabriel Moura
“Muitas pessoas viajam para a Bahia, especialmente esta região, que possui belas praias e atrai turistas. Alguns destes visitantes, provavelmente, trouxeram o vírus oropouche”, teoriza o especialista.
De acordo com a Sesab, o primeiro óbito confirmado foi de uma mulher sem comorbidades, com 21 anos de idade, em 27 de março. A vítima era moradora do município de Valença.
A febre é espalhada através do mosquito maruim, com processo similar à dengue com o aedes aegypti. Com isso, um maruim que já vivia na Bahia deve ter picado um turista infectado e passou a contaminar outras pessoas.
“Esse vírus já circula há muitos anos na região norte, e nunca teve morte, já no Caribe ele está presente há muitos anos. Mas foi por acaso que aconteceram essas mortes, infelizmente, justo aqui na Bahia”, lamenta.
Outros estados como Santa Catarina e Maranhão já tiveram mortes investigadas, posteriormente descartadas. Há também suspeita de ligação de outros quatro casos de gravidez interrompida e dois bebês com microcefalia – estes na Bahia, Pernambuco e Acre.

Cuidados
As pacientes que morreram por febre oropuche apresentaram sintomas como febre, dor de cabeça, dor retro-orbital (na parte mais profunda do olho), mialgia (dor muscular), náuseas, vômitos, diarreia, dores em membros inferiores e fraqueza. Ambas evoluíram com sinais mais graves como: manchas vermelhas e roxas pelo corpo, sangramento nasal, gengival e vaginal, sonolência e vômito com hipotensão, sangramento grave, e apresentaram queda abrupta de hemoglobina e plaquetas no sangue.
“É muito importante buscar ajuda médica para realizar o diagnóstico preciso. Ainda que a febre oropouche não tenha tratamento específico, é preciso realizar o diagnóstico precoce para evitar complicações, principalmente óbitos”, ressalta o infectologista Guilherme Furtado.
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