ALUNO DA REDE ESTADUAL DA BAHIA RECEBE MEDALHA DA NASA Ricardo Lemos 24 de outubro de 2025 Notícias, Política O estudante Rafael Sousa Silva, 14 anos, do Colégio Estadual de Tempo Integral João Vilas Boas, no município baiano de Livramento de Nossa Senhora, acompanhado de sua mãe, Patrícia Moraes, viajou até Brasília para, junto à sua equipe, receber o prêmio dado pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) por sua participação no Caça Asteroides MCTI. Promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Internacional Astronomical Search Collaboration (IASC), o programa busca incentivar jovens talentos a identificar e catalogar corpos celestes próximos da Terra, com o objetivo de estimular o interesse pela astronomia e pelas ciências espaciais. A cerimônia de entrega de medalhas ocorreu na quarta-feira (22), durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC), que prossegue até domingo (26), reunindo estudantes e pesquisadores de todo o país, em celebração ao conhecimento científico. Durante a execução do Caça Asteroides MCTI, as equipes participantes recebem pacotes de imagens reais do espaço para que possam analisá-las e verificar a existência de objetos em movimento que se encaixem como possíveis asteroides preliminares. O reconhecimento nacional se dá pelas suas contribuições ao programa, no âmbito do compromisso com a educação científica e a astronomia cidadã. Rafael Sousa Silva é o único baiano da Equipe Marcelinho Ensina, idealizada pelo estudante Marcelo Gomes Viana Lopes, de apenas 9 anos. O grupo, também formado por jovens do Ceará e Rio de Janeiro, identificou 11 asteroides preliminares. “Ser um cientista-cidadão é uma honra e uma oportunidade de auxiliar a Nasa na detecção de possíveis ameaças vindas do espaço”, disse Rafael, antes de receber a medalha. DEDICAÇÃO Para Rafael, que cursa a 1ª série do Ensino Médio, esta medalha tem o tamanho da sua dedicação aos estudos de ciências, em especial da astronomia, que busca entender os corpos celestes (como estrelas, asteroides, satélites, cometas e planetas); o universo; e os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre. “Sempre gostei muito dessa ciência. Desde o Ensino Fundamental achava muito legal e dizia que queria ser professor para reproduzir esses conhecimentos. A astronomia é o rumo que quero seguir profissionalmente. Então, sinto que é bem importante este prêmio, especialmente pelo reconhecimento da Nasa, uma grande honra que nunca imaginei alcançar”, celebra. Orgulhosa, a mãe de Rafael não disfarça a emoção. “É muito gratificante. Estou muito feliz. Ele sempre gostou de estudar, gosta muito de ler e desenhar. Aliás, ele desenha muito bem! Ele também é músico: toca teclado e violão e canta. Ele e o irmão têm ouvidos absolutos”, conta, orgulhosa, Patrícia Moraes. O jovem também gosta de contemplar o céu estrelado diferenciado de Livramento de Nossa Senhora, fenômeno comum às pequenas cidades do interior devido ao menor grau de poluição luminosa, contrastando com os grandes centros urbanos, onde o excesso de iluminação ofusca as estrelas celestiais. CORPOS CELESTES O Caça Asteroides está presente em mais de 80 países, por meio de treinadores oficiais coordenados por Patrick Miller, professor da Universidade Hardin-Simmons (Texas, USA) e fundador do International Astronomical Search Collaboration. O programa visa aproximar os jovens da pesquisa científica e despertar o interesse pela astronomia, permitindo que eles usem métodos de pesquisa reais para identificar corpos celestes. A campanha é aberta a escolas, clubes de ciência e outros grupos interessados. Deixe uma resposta Cancelar resposta Seu endereço de email não será publicado.ComentarNome* Email* Website