Promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Internacional Astronomical Search Collaboration (IASC), o programa busca incentivar jovens talentos a identificar e catalogar corpos celestes próximos da Terra, com o objetivo de estimular o interesse pela astronomia e pelas ciências espaciais.

A cerimônia de entrega de medalhas ocorreu na quarta-feira (22), durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNTC), que prossegue até domingo (26), reunindo estudantes e pesquisadores de todo o país, em celebração ao conhecimento científico. Durante a execução do Caça Asteroides MCTI, as equipes participantes recebem pacotes de imagens reais do espaço para que possam analisá-las e verificar a existência de objetos em movimento que se encaixem como possíveis asteroides preliminares. O reconhecimento nacional se dá pelas suas contribuições ao programa, no âmbito do compromisso com a educação científica e a astronomia cidadã.

Rafael Sousa Silva é o único baiano da Equipe Marcelinho Ensina, idealizada pelo estudante Marcelo Gomes Viana Lopes, de apenas 9 anos. O grupo, também formado por jovens do Ceará e Rio de Janeiro, identificou 11 asteroides preliminares. “Ser um cientista-cidadão é uma honra e uma oportunidade de auxiliar a Nasa na detecção de possíveis ameaças vindas do espaço”, disse Rafael, antes de receber a medalha.

DEDICAÇÃO

Para Rafael, que cursa a 1ª série do Ensino Médio, esta medalha tem o tamanho da sua dedicação aos estudos de ciências, em especial da astronomia, que busca entender os corpos celestes (como estrelas, asteroides, satélites, cometas e planetas); o universo; e os fenômenos que ocorrem fora da atmosfera terrestre. “Sempre gostei muito dessa ciência. Desde o Ensino Fundamental achava muito legal e dizia que queria ser professor para reproduzir esses conhecimentos. A astronomia é o rumo que quero seguir profissionalmente. Então, sinto que é bem importante este prêmio, especialmente pelo reconhecimento da Nasa, uma grande honra que nunca imaginei alcançar”, celebra.

Orgulhosa, a mãe de Rafael não disfarça a emoção. “É muito gratificante. Estou muito feliz. Ele sempre gostou de estudar, gosta muito de ler e desenhar. Aliás, ele desenha muito bem! Ele também é músico: toca teclado e violão e canta. Ele e o irmão têm ouvidos absolutos”, conta, orgulhosa, Patrícia Moraes.

O jovem também gosta de contemplar o céu estrelado diferenciado de Livramento de Nossa Senhora, fenômeno comum às pequenas cidades do interior devido ao menor grau de poluição luminosa, contrastando com os grandes centros urbanos, onde o excesso de iluminação ofusca as estrelas celestiais.

CORPOS CELESTES 

O Caça Asteroides está presente em mais de 80 países, por meio de treinadores oficiais coordenados por Patrick Miller, professor da Universidade Hardin-Simmons (Texas, USA) e fundador do International Astronomical Search Collaboration. O programa visa aproximar os jovens da pesquisa científica e despertar o interesse pela astronomia, permitindo que eles usem métodos de pesquisa reais para identificar corpos celestes. A campanha é aberta a escolas, clubes de ciência e outros grupos interessados.

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