Washington Luiz da Silva, conhecido ‘Pau na Máquina ou Terra da Bolívia’, aos 49 anos e natural de Valença, esteve na corrida do SESC de Santo Antônio de Jesus e revelou ao site Voz da Bahia uma trajetória de superação que inspira.

Um relato de coragem, determinação e amor-próprio: “Eu era uma pessoa viciada no tabagismo, álcool e drogas por anos, vendia tudo para sustentar o vício”, confessa Washington, destacando um passado marcado por desafios. No entanto, sua jornada de transformação iniciou quando decidiu buscar ajuda na corrida. “Tomei vergonha na cara e vim para a pista praticar esportes”, declara com orgulho.

Hoje, Washington encanta o interior da Bahia com sua presença marcante em corridas, onde não passa despercebido ao correr de sunga e descalço. “Me sinto bem correndo assim, pouquíssimas pessoas me criticam. Aliás, a grande maioria me elogia e tira foto comigo, demonstram muito carinho”, compartilha.

Para Washington, vestir-se de forma autêntica e confortável é essencial para se sentir bem, especialmente durante uma corrida. “O que quero é mostrar que me sinto bem da maneira que me visto, que sou, principalmente em uma corrida, onde existe a escolha dos trajes que faz você ficar bem, simples assim. Para o mundo ser melhor, devemos apenas viver respeitando a forma e o direito de cada um”, enfatiza.

Sobre correr descalço, ele explica que se adaptou bem a essa prática. “Me fez ter esse contato com o chão, o solo, às vezes a dor que sinto ao pisar em uma pedra é para perceber que estou vivo e não quero mais a dor da época em que era um viciado, o da minha consciência, da alma”, reflete.

Com uma mensagem inspiradora, Washington compartilha sua visão sobre o poder da corrida para vencer desafios emocionais. “Quer vencer a ansiedade, corra, a depressão, faça uma corrida. Vista a roupa que lhe agrada, que seja uma fantasia, busque a Deus, respeite o seu próximo e seja feliz”, conclui, deixando uma lição de esperança e determinação para todos. ‘Pau na Máquina’ é muito mais do que um corredor descalço. Ele é um símbolo de resiliência, amor-próprio e superação. (Via Voz da Bahia)

 

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