A fita foi criada em 1809 aqui na Bahia pela Irmandade de Devoção do Senhor do Bonfim

Reza a lenda que o adereço deve ser colocado no braço esquerdo e amarrado com três nós. A cada nó um pedido deve ser feito. Os desejos serão realizados se a fita se arrebentar naturalmente com o uso.

As fitas também são usadas além do corpo, são colocadas nas grades da Igreja do Bonfim, no carro, em cômodos da casa etc. Para os que acreditam é um poderoso amuleto e também alvo de promessas.

História – A fita foi criada em 1809 aqui na Bahia pela Irmandade de Devoção do Senhor do Bonfim, atribuída ao Manuel Antônio da Silva Serva, criador da 1° tipografia do estado.

Inicialmente era chamada de “medida do Senhor do Bonfim”, possuía 47 cm de comprimento, medida referenciada a partir do tamanho do braço direito da imagem de Jesus Cristo, localizada na Igreja.

Era produzida em seda, com desenho e nome de Jesus bordado à mão, pintado com tinta dourada ou prateada, e usada como colar para pendurar medalhas e santinhos. Usada especialmente por pessoas com alto poder aquisitivo da sociedade baiana da época.

Com o passar dos anos, principalmente a partir da década de 1950, a produção e distribuição da fita foi se modificando e popularizando. A fita do Senhor do Bonfim representa um conjunto de valores e significados culturais e patrimoniais da religiosidade dos soteropolitanos, tornando-se importante e valioso símbolo da identidade de Salvador. No dia da Lavagem, assim como nos demais dias do ano, o adereço é distribuído na porta da igreja.

 

Por Camila Vieira/ Foto by Fernando Vivas/GOVBA

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