Por Wanderson Nascimento 

Segundo fontes históricas, o cravo-da-índia foi introduzido no Brasil pelos portugueses, no período colonial. Fala-se que as primeiras sementes foram plantadas na região que hoje corresponde ao distrito de Cajaíba e Sarapuí, munícipio de Valença -BA.

Entre os meses de novembro e dezembro ocorre a colheita dessa valiosa especiaria de forte potencial econômico que gera renda, emprego no campo e alavanca o comércio em geral.

A Bahia é o único Estado produtor de cravo-da-índia em larga escala. Produção concentrada na região Baixo Sul, com destaque para os munícipios de Valença, Taperoá, Ituberá, Nilo Peçanha, Camamu, Teolândia, Piraí do Norte e Wenceslau Guimarães.

Conforme estimativas, Valença produz em média 2 mil toneladas do produto/ano. Nesse período de colheita, os pequenos, médios e grandes craveicultores estão otimistas com o preço atual. Mas, por outro lado, a produção vem diminuindo em decorrência das pragas que atingem o craveiro.

Cingapura é o país que mais importa o cravo-da-índia aqui produzido, seguido dos Emirados Árabes, Paquistão, México, índia e Estados Unidos. Desde a antiguidade, essa especiaria tem sido bastante utilizada na culinária nacional e internacional, na medicina e cosméticos.

O processo de colheita manual é simples e, ao mesmo tempo, perigoso. São árvores que podem atingir 17 m de altura, oferecendo riscos ao catador. Já a colheita química e mais eficiente e segura, consiste na aplicação de fito hormônio sobre os botões florais, acelerando a queda dos
mesmos. Trabalho realizado com auxílio de bomba pulverizadora.

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