Por Wanderson Nascimento

O território que hoje compreende o município de Valença era habitado por indígenas tupis guaranis. Cerca de 30 anos após a chegada dos lusitanos ao Brasil, o Rei de Portugal, D. João III, implementou as primeiras capitanias hereditárias. Sendo Valença pertencente a capitania de Ilhéus.

De acordo com algumas fontes históricas, o primeiro povoamento português em Valença surgiu nos meados do século XVI, envolta de dois engenhos na Ponta do Curral. Outras fontesindicam que tal processo ocorreu de modo maciço e urbano nas proximidades da Capela Nossa Senhora do Amparo (1750). Templo religioso católico centenário que carrega característica barroca, situado numa posição privilegiada da cidade e que hoje é um atrativo turístico.

Por um longo período, a economia valenciana esteve atrelada a da capitania de Ilhéus. Por aqui, predominava o cultivo de cana-de-açúcar, arroz e principalmente mandioca. O tubérculo era o principal alimento consumido entre os indígenas. Posteriormente, o cultivo de café, cacau, guaraná, cravo-da-índia ganhou espaço na região. Além dos fartos recursos de base extrativista, a exemplo do dendê, pesca, mariscagem, etc. Sem esquecer dos aspectos
paisagísticos e gastronômicos local.

A industrialização deu seus primeiros passos em solo valenciano com a construção da primeira fábrica de tecelagem do Brasil (1844), inicialmente denominada de Todos os Santos. Esse foi o boom urbano da cidade, promovendo a distribuição de água encanada, gerando emprego e construindo vilas destinadas ao acolhimento operário. Por isso, a atual Companhia Valença Industrial (CVI) possui estreita relação cultural, social e econômica com a história da Cidade.

A emancipação de Valença, ocorrida em 10 de novembro de 1849, é motivo para comemorar. A terra do camarão, a terra de paz, a nunca vencida, como queira chamar. Para mim, esse é o melhor lugar que há.

Parabéns, Valença!

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